POVO KA`APOR PEDE SOCORRO – TERRA INDÍGENA ALTO TURIAÇU EM CHAMAS HÁ 15 DIAS

Postado por: antonio.urquiza

É revoltante o descaso com as terras indígenas do Maranhão. Somente depois de quase um mês que denunciamos o incêndio criminoso em Araribóia para tudo que é órgão, para tudo que é governo, para tudo que é imprensa, deram atenção ao caso. Depois que boa parte da terra já estava destruída pelo fogo que continua avançando. Novamente vemos tudo se repetindo…Há 15 dias a Terra Indígena Alto Turiaçu está em chamas, os indígenas pedem socorro e nada é feito. Leia o email que recebemos:

“Prezados há cerca de 12 dias o fogo está destruindo parte da floresta da região sudeste do território indigena Ka’apor. Lideranças Ka’apor retornam frustrados de Imperatriz, Maranhão, onde funciona a sede do IBAMA no Maranhão e Coordenação da Funai Regional.Foram em busca de apoio e cobrar ações para conter ou sanar o fogo na região sudeste do território indígena que atinge quatro aldeias neste momento: Zé Gurupi, Cocal (Guajá), Piquizeiro e Cumaru.
Depois, de inúmeras viagens na Funai e Ibama, contatos frustrados.Nem a coordenação regional da Funai que se encontrava presente se sensibilizou com as informações repassadas pelas lideranças indigenas e nem responsáveis no IBAMA sequer apontaram possibilidades de encaminhar a situação. Isso prova o descaso, a omissão e conivência com o crime que vem acontecendo na área. Enquanto isso, as comunidades continuam aflita, tendo inúmeras perdas que vão desde alimentação por conta da floresta que está sendo queimada, animais sendo mortos pela ação do fogo, córregos secando por conta do clima.Um grupo de Guardas Florestais Ka’apor estão se revezando no trabalho de apagar o fogo. Porém, alguns estão doentes. Pois, não dispõem de equipamentos necessários para o trabalho expondo o corpo e vulneráveis a acidentes. Mais guardas florestais de outras aldeias estão chegando para o trabalho. É revoltante ver a situação e o Estado ausente de qualquer posicionamento, ação e apoio a população indígena. Divulguem e contribuam para denunciar a situação.”